tribuna da tauromaquia

Lo destaca esta semana "O Mirante", o maior e melhor jornal regional de Portugal. Y a este gran protagonista de la actualidad le hacen una entrevista que no tiene desperdicio. Desde aquí les llevamos a las respuestas de quien se sinceró con los reporteros del periódico con sede en Santarém y que edita nuestro admirado amigo y maestro de la Comunicación, Joaquim António Emídio...

João Gonçalves dá cartas no desporto equestre. Começou a carreira quando era ainda uma criança e aos 29 anos soma vários títulos de campeão e vice--campeão nacional de equitação.

A paixão pelos cavalos e poder representar a selecção nacional num desporto pouco conhecido do grande público são a dose de motivação que o faz continuar em busca da perfeição. João Gonçalves é de Samora Correia, treina e trabalha na Golegã e tem como ambição maior levar o seu bailado equestre aos Jogos Olímpicos.

Tinha três anos quando o pai lhe satisfez a vontade e o sentou no dorso de um cavalo. O suficiente para espoletar uma paixão pela equitação que aumentou com o ritmo do seu crescimento. Aos 11 anos começou a competir no Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho, sagrou-se três vezes campeão nacional, venceu a Taça de Portugal e representou pela primeira vez a selecção nacional. Um arranque em cheio que veio com a certeza de que aquele era um caminho que não tinha retorno. Quase duas décadas depois, o cavaleiro João Gonçalves é uma promessa nacional que arrecadou esta época um título de campeão nacional de dressage open nível médio e três de vice-campeão nas Taças de Portugal de dressage e equitação de trabalho e Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho, disciplina pela qual vai representar, ainda este ano, a selecção nacional.
Competir nos Jogos Olímpicos, na disciplina de dressage, seria o pináculo da sua vida como cavaleiro mas, como diz, gosta de “sonhar acordado” para nunca se esquecer de tudo o que tem de melhorar para lá chegar. Todos os dias trabalha para alcançar a perfeição num desporto que depende de duas vontades: a sua e a do cavalo que o acompanha. Só com disciplina, dedicação e muitas horas de treino, explica, cavalo e cavaleiro conseguem construir a cumplicidade artística e tornar próximos da perfeição, mas ao mesmo tempo leves, os movimentos do equino, mais valorizados quanto mais natural for a sua execução como se de um bailado se tratasse. Não fosse a dressage conhecida como o ballet clássico do mundo equestre.
De carácter vincado, mede 1,70m tem muita vontade de aprender e faz de tudo para agradar. Para que não haja enganos, agora falamos de Marialva, um dos quatro cavalos Lusitanos com os quais João Gonçalves compete actualmente e o escolhido para, na manhã chuvosa de segunda-feira, 5 de Dezembro, acompanhar a conversa que se fez na Golegã - onde treina e trabalha como equitador na Coudelaria Veiga Maltez - e que passou pelo seu percurso num desporto que não é para todos os bolsos e que precisa de ser reconhecido. Porque, como diz, é campeão nacional numa disciplina olímpica e muito poucos sabem quem é o João Gonçalves.

O desporto equestre e a dressage em particular têm-se desenvolvido em Portugal? - A dressage é uma disciplina muito rigorosa que busca a perfeição e que se tem desenvolvido muito, em grande parte devido ao cavalo Lusitano que tem evoluído nas suas qualidades. E claro que quanto melhor é a qualidade dos cavalos maior é a qualidade dos concursos. Temos bons cavaleiros - destaco o Rodrigo Torres que participou nos Jogos Olímpicos -, treinadores e criadores.

Apesar da evolução parece continuar a ser um desporto de elites... - E é de elites. É muito caro, cada vez mais. Participar num concurso custa muito dinheiro, no entanto o retorno também é cada vez maior. Um cavalo Lusitano que tenha feito boas provas hoje vale muito. Para se ter uma ideia, pode custar ao comprador entre 20 mil euros e mais de um milhão de euros e o mercado é vasto: vai desde a Alemanha, Estados Unidos da América, México e Brasil. No meu caso tenho a sorte de ter clientes que suportam as minhas despesas e que têm o seu retorno com a venda do cavalo. Essa é a parte difícil para mim porque me afeiçoo, embora saiba que aquela prova pode ser a última com aquele cavalo. Neste momento compito com quatro, todos Lusitanos.

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