Lo primero, urgente, ineludible es llenar ya al máximo posible "Campo Pequeno"...

Preguntas y respuestas... para que tengas a tu alcance una especie de Manual sobre el inmueble llamado popularmente "Campo Pequeno", antes Gran Plaza de Toros Monumental de Lisboa y ahora... "Campo Pequeno - Recinto Multiusos" (tal y como figura inscrito en el Ministerio de Cultura portugués por la empresa concesionaria de su gestión). 

Vamos a formularnos y tratar de contestar las preguntas que, en todo o en parte, pueden hacerse quienes tienen interés porque exista futuro para la Tauromaquia en Lisboa.

-¿En qué terrenos está construido el edificio de "Campo Pequeno"?

- Com a necessidade de construção de um recinto para a realização de touradas em Lisboa -e assim obter beneficios económicos-, a Casa Pia solicitou no seu tempo à Câmara Municipal a cedência do terreno do Campo Pequeno para erguer a praça de touros. A Câmara aceitou ceder o terreno, com a condição que ele servisse para a realização de touradas, caso contrário a Casa Pia perdia a posse do mesmo. 

-¿Quien es el propietario del inmueble de la Plaza de Toros de Campo Pequeno, ahora llamada "Campo Pequeno - recinto Multiusos?

- A praça de toiros do Campo Pequeno é propriedade da Casa Pia desde a sua inauguração em 1892. Foi em 1889 quando a Câmara Municipal de Lisboa cedeu o terreno para a construção da praça de toiros no Campo Pequeno com a condição de ali se realizarem espetáculos tauromáquicos e outros divertimentos, e que a Casa Pia não alienasse o edifício a terceiros nem lhe desse outro destino. O incumprimento destas condições anulava o contrato de concessão e o terreno passava novamente para o domínio municipal, pelo que a Casa Pia insistiu, sempre, para que todos os anos se fizessem touradas no Campo Pequeno com receio de incumprir o contrato.

-¿Por qué no organizaba directamente las corridas de toros la Casa Pia, siendo la propietaria de la plaza?

- Porque lhe era muito mais cômodo receber um dinheiro anual sem mover um dedo... para o que -ao longo do tempo- adjudicava ou alugaba sucesivamente a exploração da praça -em troca de um dineiro fixo- a empresários tauromáquicos que se postulavam a ela.

-Entonces... ¿los Borges, que remodelaron y recuperaron todo el edificio hace unos pocos años, no eran los propietarios de la plaza?.

- Não eram, não; eram os concessionários da exploração do "Campo Pequeno", a dona sempre foi a Casa Pia; os Borges entendiam que regenerando todo o imóvel podiam oferecer ali não só corridas de touros, também outros espetáculos e multiplos serviços... Fizeram uma grande obra, como à vista está, mas sua sociedade empresarial terminou na falência...

-Y... ¿cómo se llega a la triste situación actual de que una Plaza de Toros Monumental caiga en manos de un promotor musical al que solamente le interesan los conciertos y espectáculos no taurinos?

- Nos últimos anos -antes da actual "era Covões"- o Campo Pequeno foi gerido pela Sociedade de Renovação Urbana Campo Pequeno, S.A. (SRUCP), que foi responsável pela reabilitação do edifício acrescentando à arena, um centro comercial, lojas exteriores e um parque de estacionamento. Em 2014 esta sociedade (SRUCP) foi decretada insolvente, com dívidas de milhões de euros, pelo que -no final do processo de insolvencia-, foi decidido entregar a gestão do espaço do "Campo Pequeno" a um novo empresário. Este foi Álvaro Covões, que é proprietário do Coliseu de Lisboa e promove anualmente o Festival NOS Alive e outras atividades musicais.

Álvaro Covões

-¿No se constituyó ninguna plataforma del sector taurino que, conocedores del proceso de insolvencia en que estaba envuelto "Campo Pequeno", se postulase ante la autoridad judicial, la Administración de la insolvencia, la propia Casa Pia... para que se contase en firme con una oferta-propuesta de la Tauromaquia portuguesa para hacerse cargo de la gestión de la Plaza por los años que aún quedasen de concesión...?

- Que se saiba, os chamados agentes tauromáquicos portugueses não moveram formalmente um dedo ao respeito, permitindo assim que a praça caísse -na gestão outorgada- nas mãos do "musical" Covões...

-¿Cómo articula Covões su desembarco en la que era Monumental Plaza de Toros del "Campo Pequeno" y con el pasa a ser "Campo Pequeno - Recinto Multiusos"?...

- Para gerir o Campo Pequeno, o empresario Álvaro Covões criou em 2019 a empresa “Plateia Colossal Unipessoal Lda.” anunciando a abertura de um concurso para a exploração da atividade tauromáquica no "Campo Pequeno", concedendo umas datas anuais para a realização de touradas. O vencedor do concurso foi o empresário tauromáquico Luís Pombeiro, com a empresa “Ovação e Palmas“, que é quem promove actualmente os espetáculos tauromáquicos no recinto.


Datos públicos sobre a "Plateia Colossal"






-¿Y qué va a pasar cuando finalice la relación actual -para organizar corridas de toros- entre la empresa de Covões y la de Pombeiro?.

- Ninguém sabe disso. Embora exista a ameaça latente de que Covões feche definitivamente a porta à celebração de touradas no "Campo Pequeno". E isto porque o que se mostrou como anti-taurino : o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, em combinação com a pressão do PAN e da Plataforma Basta de Touradas, antes de deixar a Presidencia da Câmara de Lisboa enviou um ofício à Casa Pia desobrigando a instituição de realizar touradas no Campo Pequeno, esclarecendo que “a Casa Pia de Lisboa tem a mais ampla liberdade na decisão quanto à atividade a realizar no recinto em causa e quanto aos termos e condições do contrato estabelecido com a Sociedade de Reabilitação Urbana do Campo Pequeno, ou outros que entenda vir a celebrar, sendo certo que a realização de espetáculos tauromáquicos nunca será para o município de Lisboa condição de manutenção da concessão”.
Fernando Medina ainda acrescentou que “Os princípios e valores de alta benemerência social que justificaram ao longo do tempo a atribuição de tais direitos pelo município são os mesmos que hoje exigem” que a Casa Pia decida poder “não vir a realizar naquele local espetáculos tauromáquicos”.
Neste sentido, muitos interpretam que -agora- a Casa Pia não tendo que exigir nada a quem gestiona o Campo Pequeno, pode deixar já ao empresário Álvaro Covões a liberdade de abdicar da realização de touradas no Campo Pequeno...


-¿Y tiene realmente validez legal -liberatoria por tanto de obligaciones- el "oficio" que Medina habría enviado a la Casa Pía...?

- Juridicamente há quem creia que esse "ofício" poderia ser perfeitamente objeto de uma possível reclamação e impugnação nos Tribunais de Justiça, com as conseqüências que daí derivassem... só que, de momento, ninguém moveu um dedo a respeito. O que não exclui que não possa ser feito nos próximos tempos.

-Entonces : ¿qué importancia tiene para el futuro inmediato,  que el "Campo Pequeno·, en las 4 corridas que allí van a celebrarse este verano, presente excelentes entradas de público?

-Es evidente que si Campo Pequeno, en las 4 touradas, presenta importante presencia de aficionados... se estará creando una indudable presión sobre el "gestor" de aquel inmueble (Covões & cía) para que no se atreva en el futuro próximo a cerrar el "Campo Pequeno" a cualquier tipo de actividad taurina. Es fundamental que "Campo Pequeno" esté lo más lleno posible en esas 4 touradas, porque -muy probablemente- es el termómetro que va a consultar Covões cara tomar una decisión sobre el futuro próximo de las corridas de toros en Campo Pequeno.

-¿Qué tiene que hacer el sector taurino portugués en cuanto finalice esta temporada?

-Ya tenía que tener creada ahora mismo una comisión de gente seria y solvente en la que hay que incluir -por principio moral siquiera- al actual promotor taurino de Lisboa. Una comisión para ir en otoño a sentarse con Covões y entre personas civilizadas y dialogantes llegar a un pacto formal que salve y garantice el futuro de la Tauromaquia en Lisboa (leer más aquí) y que deje de estar expuesta a vaivenes, influencias políticas, presiones de antis-fundamentalistas, etc. etc. etc.