"O Mirante" sempre enaltecendo as tradições) Uma vida entre toiros e cavalos
In O Mirante, o maior e melhor jornal regional de Portugal.)
Paulo Jorge Vasco começou a trabalhar numa casa agrícola aos 15 anos, destacou-se como campino e foi agora homenageado na Festa da Amizade, em Benavente, pela sua dedicação ao campo.O campino Paulo Jorge Vasco nasceu em 1968 em Benavente, vila ribatejana que no sábado, 29 de Junho, lhe prestou homenagem, no recinto da picaria, no âmbito da Festa da Amizade e da Sardinha Assada. Foi no sétimo ano, em que a escola já não lhe corria de feição, que começou a fugir para a Quinta da Foz para ajudar no que fosse preciso. Com 15 anos deixou a escola e foi trabalhar para essa casa agrícola como ajudante das ceifeiras na campanha do arroz.
Quando o trabalho acabou voltou para casa, mas por pouco tempo. Regressou, chamado por Pedro Artilheiro, para ajudar José Moleiro e Augusto Guilherme a tomar conta do gado. Em 1983, Palau, alcunha que recebeu quase de berço e como é reconhecido carinhosamente pelos amigos, trajou-se a rigor e a cavalo na Festa da Picaria. Ganhou, nesse ano, o prémio do campino mais novo.
Aos 18 anos tirou a carta de tractor que lhe permitiu fazer serviços agrícolas e transporte de gado. Em 1992 trabalha na casa agrícola Oliveiras e Irmãos, onde permanece dois anos até ser maioral de toiros na casa Ribeiro Telles. Aí ficou 12 anos e cumpriu muitos dos seus sonhos ligados ao cavalo e ao toiro. Esteve na Companhia das Lezírias, mas por pouco tempo, pois já tinha em mente deixar a vida de campo. “Esta homenagem na minha terra foi de certeza a última”, vincou Paulo Vasco, que continua a ter “muitos amigos na campinagem”. A Comissão da Picaria prestou-lhe homenagem, numa cerimónia emotiva, perante uma moldura humana de centenas de pessoas.