"Académicos de Coimbra" : bastante más que un muy importante grupo de forcados...
Texto de JAIME M. AMANTE / Fotos : D. R.
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GRUPO DE FORCADOS AMADORES ACADÉMICOS DE COIMBRA
O Grupo de Forcados Amadores da Escola de Regentes Agrícolas de Coimbra ou Grupo de Forcados da Escola Agrária de Coimbra (GFEAC) apresentou-se publicamente pela primeira vez no Cartaxo, no dia 3 de maio de 1964, capitaneado por António de Montarroio Farinha. No mesmo ano, a 10 de maio, o GFEAC apresentou-se no Coliseu Figueirense, na Figueira da Foz, pegando a garraiada da Queima das Fitas de Coimbra.
À data, o GFEAC era composto essencialmente por alunos da referia Escola Agrícola, bem como, por elementos das diversas faculdades da Universidade de Coimbra, dos quais se destacam, a título de exemplo: Miguel Monteiro Grilo, João Cortesão, Vítor Capeloa, Gabriel Barata, Breda Marques, Batista Pereira, Manuel Lamas de Mendonça, Cesar Pegado, Ferreira Barreto, Ilídio Cabral Manuel Dias Gonçalves, Fernando Caiado, Joaquim Vilela, Fernando Garcês Caramelo, Pedro Teixeira, Augusto Tinoco, José Carneiro Barradas, Francisco Carneiro Barradas, Fernando Dias de Assunção e João Baltazar.
A jaqueta deste grupo caracterizava-se pela distinta cor azul escura (de sarja), em referência ao traje de gala da Escola de Regentes Agrícolas da mesma cor. Igual cor de jaqueta foi, mais tarde, adotada pelo Grupo de Forcados da Escola de Regentes Agrícolas de Santarém. Durante este período, o GFEAC apresentou-se em vários festivais realizados na região Centro, com galhardia e sempre com o espírito da academia de Coimbra.
Em Abril de 1969, a Universidade de Coimbra viveu um conhecido momento de forte contestação estudantil que, naturalmente, se repercutiu também sobre o, então, Grupo de Forcados Amadores da Escola de Regentes Agrícola de Coimbra que viu reduzida substancialmente a sua participação em eventos tauromáquicos.
Em 1985 dá-se a integração da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), no Instituto Politécnico de Coimbra (IPC). A partir dessa data, o GFEAC ressurgiu através da regular participação nas garraiadas estudantis organizadas pela Universidade de Coimbra: “Garraiada da Latada”, no Campo de Santa Cruz, em Coimbra e “Garraiada da Queima das Fitas”, celebrada no Coliseu Figueirense, na Figueira da Foz.
Com o evoluir dos tempos, o GFEAC estreitou ainda mais a sua forte ligação à academia da Universidade de Coimbra, assumindo a Garraiada da Queima das Fitas, um papel prestigioso na maior festa anual da Associação Académica de Coimbra.
De 1992 a 1994, GFEAC voltou às lides pela mão de Rogério António Marques Rosa, estudante da Escola Superior Agrária de Coimbra, que decidiu de forma organizada, e por querer recuperar o antigo Grupo de Forcados da ESAC, juntar um grupo de estudantes dessa mesma escola para pegar a Garraiada de 1992, o que se viria a repetir no ano de 1993, com os mesmos elementos.
À época fizeram parte do GFEAC nomes como Francisco Silveira (Chico Durão), João Anão Madureira, Umberto Canelas, Henrique Damásio, Óscar Ligário, Carlos Plácido, Luís Medina, Miguel Monteiro, entre outros, todos ligados à academia da Universidade de Coimbra.
Importa referir que, à data, existia uma comunidade muito expressiva de alunos aficionados, estudantes na Universidade de Coimbra e/ou Instituto Politécnico de Coimbra, provenientes da Comunidade Autónoma dos Açores, razão pela qual, em diversos carteis, figuram nomes de Grupos de Forcados intitulados de “Tremores de Terra” ou “Marados dos Cornos”.
De 1994 a 1998, o GFEAC, foi capitaneados por Miguel Monteiro, que efetuou diversos treinos de captação, que registaram uma afluência muito expressiva, traduzida em várias entradas no grupo de elementos do Vale do Tejo e Alto Alentejo.
Foi, aliás, durante este período que, através de um esforço coletivo, foi desenvolvida pela Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra (AEESAC), a edificação da Praça de Touros da AEESAC, que perdura até aos dias de hoje, como centro de treinos dos Grupos de Forcados da cidade de Coimbra. Forcados que se destacaram durante este período: Francisco Silveira (Chico Durão), Gil Feio e Luís Monteiro da Costa.
De 1998 a 2004, o GFEAC foi capitaneado por Luís Monteiro da Costa, levando este o grupo de forcados a um nível muito elevado para a esfera acadêmica, através de participação em diversos festivais na Região Centro e não só. O GFEAC marcou presença em várias Garraiadas académicas realizadas nas praças de toiros do Campo Pequeno e de Vila Franca de Xira.
Na altura, o GFEAC chegou, inclusivamente, a pegar alguns festivais de variedades taurinas em praças como: Albufeira, Redondo, Portimão e Viseu, bem como em outras praças de Espanha.
Este período ficou também marcado pela promoção, através da realização de festivais, tipo concurso de ganadarias (com novilhos), dos diversos criadores de reses bravas e respetivas ganadarias, da Lezíria do Baixo Mondego, tais como António dos Reis (de Meãs do Campo), Isidro, António Valente, Higinio Soveral e António Barbeiro (de Santo Varão).
Em 2004, parte dos elementos do GFEAC constituíram um segundo grupo de Forcados, na cidade de Coimbra, designado de Grupo de Forcados Amadores de Coimbra, que se estreou na praça de toiros de Nave de Haver, na tarde de 22 de Maio, capitaneado por Luís Santos.
De 2004 e 2007, o GFEAC passou a ser capitaneado por José Maria Portela. Este período ficou caracterizado pela entrada de mais elementos, alguns dos quais perduram até aos dias de hoje. A presença assídua do GFEAC na Queima da Fitas manteve-se, com o habitual impacto na Festa Brava da Região Centro, por se continuar a apostar na presença forte de elementos oriundos da Universidade de Coimbra e do Instituto Politécnico de Coimbra. Desta época destaca-se o festival da Queima das Fitas, realizado a 9 de maio de 2004, com a especial participação do GFEAC e com o Coliseu Figueirense com lotação esgotada. Destacam-se, ainda, alguns festivais e corridas no concelho de Montemor-o-Velho e alguns espetáculos realizados na praça de toiros da AEESAC.
De 2007 a 2014, estreou-se a cabo do GFEAC, Jaime Cortesão. Este elemento, apesar de ter assumido a função ainda muito jovem, deu continuidade aos desígnios do Grupo e pautou-se pela formação de vários elementos com muita vontade de crescer e aprender.
Durantes este período, o GFEAC marcou sempre presença no seu evento principal, ou seja, o Festival da Queima das Fitas, ex-libris do GFEAC. Acumulou ainda diversas participações em espetáculos taurinos, maioritariamente localizados no centro do país.
Em maio de 2014, no Coliseu Figueirense, Jaime Cortesão passou o testemunho do exercício de cabo do GFEAC para João Margato Tavares, que viria a comandar o Grupo apenas por uma temporada, por ter assumido responsabilidades profissionais que impossibilitaram a continuidade nas funções de titular do Grupo.
Em 2015, no dia da tradicional Garraiada da Queima das Fitas de Coimbra, António Cortesão passou a assumir as funções de Cabo. O António acabaria, também, por ficar, apenas, uma única temporada à frente dos comandos do Grupo, na medida em que teve de sair do país em abril de 2016 para dar continuidade aos seus estudos em Direito. Enquanto cabo, participou na tradicional Garraiada da Queima das Fitas de Coimbra, e numa corrida de toiros que se realizou em Zorita (Espanha).
Em Maio de 2016, dá-se a mudança de cabo para Ricardo Marques, estudante da Escola Superior Agrária de Coimbra. No âmbito de uma Assembleia Geral do GFEAC realizada em 2016, e por força de uma vontade unânime dos seus elementos, foi deliberado dar um impulso mais significativo aos desígnios do GFEAC. Para o efeito, foi criada uma nova logomarca e determinada uma nova designação: Grupo de Forcados Amadores Académicos de Coimbra (GFAAC).
Desde então o GFAAC não partou de crescer e tem fomentado a afición na cidade de Coimbra e aproximado o Grupo a toda a sociedade civil da cidade. A cultura tauromáquica Conimbricense possui desde 2017, uma sede na Rua de Montarroio, onde, apesar da “moderna” contestação, o passado e o presente se encontram com regularidade, num espaço aprazível para convívios saudáveis.
Devido à proveniência e ligação do GFAAC à Escola Agrária de Coimbra (desde 1964), a sua tradicional Jaqueta Azul mantém-se e faz furor além-fronteiras, vincando e dignificando a sua origem - Coimbra.
De 2004 e 2007, o GFEAC passou a ser capitaneado por José Maria Portela. Este período ficou caracterizado pela entrada de mais elementos, alguns dos quais perduram até aos dias de hoje. A presença assídua do GFEAC na Queima da Fitas manteve-se, com o habitual impacto na Festa Brava da Região Centro, por se continuar a apostar na presença forte de elementos oriundos da Universidade de Coimbra e do Instituto Politécnico de Coimbra. Desta época destaca-se o festival da Queima das Fitas, realizado a 9 de maio de 2004, com a especial participação do GFEAC e com o Coliseu Figueirense com lotação esgotada. Destacam-se, ainda, alguns festivais e corridas no concelho de Montemor-o-Velho e alguns espetáculos realizados na praça de toiros da AEESAC.
De 2007 a 2014, estreou-se a cabo do GFEAC, Jaime Cortesão. Este elemento, apesar de ter assumido a função ainda muito jovem, deu continuidade aos desígnios do Grupo e pautou-se pela formação de vários elementos com muita vontade de crescer e aprender.
Durantes este período, o GFEAC marcou sempre presença no seu evento principal, ou seja, o Festival da Queima das Fitas, ex-libris do GFEAC. Acumulou ainda diversas participações em espetáculos taurinos, maioritariamente localizados no centro do país.
Em maio de 2014, no Coliseu Figueirense, Jaime Cortesão passou o testemunho do exercício de cabo do GFEAC para João Margato Tavares, que viria a comandar o Grupo apenas por uma temporada, por ter assumido responsabilidades profissionais que impossibilitaram a continuidade nas funções de titular do Grupo.
Em 2015, no dia da tradicional Garraiada da Queima das Fitas de Coimbra, António Cortesão passou a assumir as funções de Cabo. O António acabaria, também, por ficar, apenas, uma única temporada à frente dos comandos do Grupo, na medida em que teve de sair do país em abril de 2016 para dar continuidade aos seus estudos em Direito. Enquanto cabo, participou na tradicional Garraiada da Queima das Fitas de Coimbra, e numa corrida de toiros que se realizou em Zorita (Espanha).
Em Maio de 2016, dá-se a mudança de cabo para Ricardo Marques, estudante da Escola Superior Agrária de Coimbra. No âmbito de uma Assembleia Geral do GFEAC realizada em 2016, e por força de uma vontade unânime dos seus elementos, foi deliberado dar um impulso mais significativo aos desígnios do GFEAC. Para o efeito, foi criada uma nova logomarca e determinada uma nova designação: Grupo de Forcados Amadores Académicos de Coimbra (GFAAC).
Desde então o GFAAC não partou de crescer e tem fomentado a afición na cidade de Coimbra e aproximado o Grupo a toda a sociedade civil da cidade. A cultura tauromáquica Conimbricense possui desde 2017, uma sede na Rua de Montarroio, onde, apesar da “moderna” contestação, o passado e o presente se encontram com regularidade, num espaço aprazível para convívios saudáveis.
Devido à proveniência e ligação do GFAAC à Escola Agrária de Coimbra (desde 1964), a sua tradicional Jaqueta Azul mantém-se e faz furor além-fronteiras, vincando e dignificando a sua origem - Coimbra.
O ano de 2021 fica registado na história do GFAAC devido á tão aguardada adesão à ANGF (Associação Nacional de Grupo de Forcados).
Enquanto atual Cabo do GFAAC, o Engº Ricardo Marques leva já 8 temporadas, a defender e comandar os desígnios do Grupo, hoje uma notável e imprescindível referência da Forcadagem Nacional.
Na temporada 2023, o grupo participou em sete (7) corridas de toiros, com assinalável êxito, reconhecido pela atribuição de vários Troféus como Grupo Triunfador e/ou Grupo Revelação.
Enquanto atual Cabo do GFAAC, o Engº Ricardo Marques leva já 8 temporadas, a defender e comandar os desígnios do Grupo, hoje uma notável e imprescindível referência da Forcadagem Nacional.
Na temporada 2023, o grupo participou em sete (7) corridas de toiros, com assinalável êxito, reconhecido pela atribuição de vários Troféus como Grupo Triunfador e/ou Grupo Revelação.
Destacar como o Grupo Triunfador da Feira Taurina de Abiúl, Grupo de Forcados do Ano pela Tertúlia Aficionados do Norte e Grupo Triunfador da Temporada 2023, atribuído pela Tertúlia “Festa Brava”.
E são muitos os aficionados que acham toda uma grande injustiça que este grupo, em grande momento, não fosse contratado por mais empresas taurinas no 2023.
E são muitos os aficionados que acham toda uma grande injustiça que este grupo, em grande momento, não fosse contratado por mais empresas taurinas no 2023.
Na temporada 2024 acaba de debutar o Grupo com uma incontestável e fora de serie actuação em Atarfe-Granada, evidenciando assim o excelente momento que este grupo de forcados vive actualmente.