TRIBUNA da TAUROMAQUIA + Fotos :
Ester TERENOPulsar sobre cada imagen que quieran ver a mayor tamaño.La casa hermosa que vemos, recién recuperada y remodelada aunque respetando todo lo que en esencia es y simboliza, pasa a ser una especie de museo, un local llamado Centro de Interpretação do Barranquenho*.
Nuestra querida colaboradora, la Dra. Ester Tereno ha hecho público un texto, lleno de razón y de simpatía, sobre la condición del edificio que nos ocupa, situado en la localidad raiana y alentejana, portuguesa, de Barrancos. Ese texto, precisamente, nos permite conocer los orígenes de este inmueble que ha quedado realmente precioso tras su recuperación y ante el nuevo cometido el que ya mismo va a ser destinado.
Boa tarde a todos, excepto aos que gostam das casas-cubo. Lamento, mas não são bonitas.
Vejam esta, por exemplo, a casa que já foi muita coisa, até lar dos avós, tios e mãe, recuperada, linda, e pronta para ser o Centro de Interpretação do Barranquenho!
E mais, está a acolher uma exposição de cartazes tauromáquicos! Os avós iam adorar ver, excepto a parte da carrada de praças que já não existem Uma alegria, ver casas bonitas, eu, que sofro claramente do Síndrome de Stendhal (doença psicossomática que causa emoções intensas, aceleração do ritmo cardíaco, vertigens, desmaio, quando um indivíduo é exposto a obras de arte extremamente belas). A minha alma chora, os meus olhos sangram, ao ver a epidemia de “casas-cubo”, e edifícios simplistas, todos sabem quais são, por vezes, lá lhe pintam uma parede de vermelho ou amarelo, mas continuam a parecer pré-fabricadas, sem gosto nenhum, sem detalhes, sem estética, sem enquadramento, estéreis, de Norte a Sul, todas e tudo igual, ou entao é sempre o mesmo projecto partilhado por todos os arquitectos. Aos que têm casinhas destas, desculpem qualquer coisinha, mas lá que tenho razão, tenho, podem ser modernas, mas bonitas, não são!
E fiquem com fotos de uma realmente bonita
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Ester Tereno, posando en el patio exterior |
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Interiores restaurados |
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Chimenea con motivos taurinos |
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Los carteles de este año en Barrancos, feria de agosto |
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Carteles históricos de otros lugares, de otros tiempos, en una magna exposición
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(*) "O barranquenho, situado entre a variedade portuguesa alentejana e as variedades espanholas estremenhas e andaluzes é um dialeto meridional peninsular que revela afinidades com os dialetos portugueses centro-meridionais do interior, mas apresenta traços particularmente arcaizantes e marcas de uma forte influência do espanhol".(María Victoria Navas Sánchez-Élez)
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No deja de ser, tampoco, una magnífica sala de exposiciones |
Barranquenho é um dialecto raiano do português muito influenciado pelo espanhol. O dialecto barranquenho é falado no concelho de Barrancos, situado junto da fronteira com a Espanha, entre a Estremadura e a Andaluzia.
Leite de Vasconcelos fez o primeiro estudo do dialecto barranquenho que publicou no livro Filologia Barranquenha, editado postumamente em 1955.
O Barranquenho é desde 2008 “Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal”. Atualmente a Câmara Municipal de Barrancos está a desenvolver um projecto de investigação e valorização do Barranquenho como língua e cultura locais, de forma a tornar o barranquenho a terceira língua oficial de Portugal.
Em 2021 o Barranquenho foi oficialmente reconhecido pela Assembleia da República, numa lei aprovada por unanimidade a 26 de Novembro de 2021. Foi aprovado o reconhecimento e protecção do Barranquenho e da sua identidade cultural.