En la muerte de Domingos da Costa Xavier) Adiós a un buen amigo, a un taurino de gran categoría...
rbtribuna.
Por Eugénio Eiroa.
"Cada torero lleva dentro su Tauromaquia. ¿Y que es la Tauromaquia? : la forma de interpretar sus sentimientos delante de un toro", me dijo un día, paseando por su Setúbal del alma, hace ya muchos años... Eran otros tiempos en la Tauromaquia portuguesa, en los que este buen amigo escribía y hablaba (de toros y toreros) -y de maravilla- donde le dejaban. Con el paso de los años le perdí la pista, perdimos aquel contacto más o menos puntualmente intenso que sosteníamos : ya se sabe, las distancias, los kilómetros que hicieron que no hubiese más frecuencia en el poder sentarnos juntos muchas veces en una terraza en su setubalense avenida Luis Todi, o en mi pontevedresa avenida de Montero Ríos -a dos pasos de la plaza de toros-.
Es el pasado, que ahora vuelve, en forma de recuerdos... es ir, al saber que ha muerto, a la estantería de los libros en casa, y rescatar de ella -junto a un sobre con algunas cartas- aquellos dos libros suyos; uno de ellos el inolvidable "Fadistices", que guardamos como oro en paño porque tras la cartulina de la portada, en la generalmente vacía página 3, hay un texto grande, una dedicatoria extensa hacia quien esto firma, un hermoso sentimiento de hermandad ibérica, recogido allí de su puño y letra...
Murió Domingos da Costa Xavier. Médico veterinario, gran erudito, conocedor de la Cultura ibérica como muy pocos en Portugal; apasionado por la Tauromaquia de verdad, no por la Tauromaquia de pacotilla que -ya cuando le conocí, décadas atrás- empezaba a colarse de rondón en el Mundo de la Fiesta.
El doctor Domingos da Costa Xavier era un portugués de personalidad recia y categoría más que notable. Hombre de indudables virtudes, de firmes convicciones, no hacía ascos a expresarlas, ni sentía reparo en posicionarse. Fue todo un personaje, de indudable prestancia a partir de su gran cultura, sus profundos conocimientos que, en el caso del Mundo taurino, eran desbordantes.
"... Já ficava muito contente se me fosse dado verificar que os agentes da Festa, verbi gracia os toureiros, se preocupassem em saber de toiros. Se assim fosse entendiam o que lidam e os sucessos aconteciam naturalmente..." decía Domingos da Costa Xavier, quien aún indicaba : "Já tive problemas ao denunciar pseudoartistas que traziam o que fazer em praça alinhavado de casa, tenho dito...".
Morreu o Dr. Domingos da Costa Xavier, filho único de Teresa de Jesus Vas Carneiro e Gregório da Costa Xavier, Médico Veterinário de profissão.
Grande aficionado taurino, crítico tauromáquico.
Homem ligado à Tauromaquia durante décadas : foi importante comunicador, escritor, autor...
Domingos Valdemar Carneiro da Costa Xavier morreu ontem, esta quarta-feira ao final da tarde. Domingos Xavier tinha grande ligação a Coruche, onde nasceu, mas cedo se radicou em Setúbal, onde desempenhou como médico veterinário de brilhante trajectoria
Domingos chegou mesmo a apresentar programas de tauromaquia na RTP, entre outros desempenhos no mundo taurino; mas na hemeroteca da revista Equitação ficam inúmeros e extraordinários artigos deste homem, plenos de profundo conhecimento do mundo da Festa dos Toiros em Portugal e Espanha.
A TRIBUNA da TAUROMAQUIA endereça à família e amigos, as mais profundas condolências.
Que em paz descanse.
As cerimónias fúnebres realizar-se-ão esta sexta-feira, 9 de Dezembro em Alcácer do Sal. O corpo va para à Igreja de Alcácer do Sal, pelas 10.30 horas, seguindo-se depois missa de corpo presente. No final, o cortejo fúnebre seguirá para o Cemitério de Alcácer do Sal.
Imagen de cabecera de uno de los últimos artículos de Domingos da Costa Xavier en la revista "Equitação". Pueden leerlo pulsando aquí |
Controverso, inteligente, aficionado como poucos, entendido como só alguns... dos que escrevia; sabia o que redigia e pensava o que transmitia... Perante o panorama que o amargava cada dia mais -o estado de saúde da Festa dos toiros-, resumia-se ao seu Campo Pequeno, única praça que pisava, que era o seu único oásis no meio do deserto...
Algumas foram as tertúlias em sua casa, rodeados de livros de toiros, de escritos seus, de pinturas e esboços, envoltos na neblina dos seus cigarros que se acendiam um no outro...
Pena não ter podido ouvir mais e aprender mais, por não querer incomodar, por vergonha de entrar em casa sua...
Até um dia Dr Domingos Xavier...
(João Pedro, bandarilheiro)
É um dia triste, é sempre muito triste ver partir um bom amigo.
Só sei que o conhecia quase desde que tenho conhecimento, uma figura assídua na minha terra, mesmo antes das polémicas, mas sempre do nosso lado. Sempre muito nosso amigo.
Um sábio, uma personalidade controversa, e verdadeiramente culta e bem disposta.
Dava gosto estar com ele, e estávamos tantas vezes, e em tanto lado! Uma pessoa enorme!
Tantos anos a ver quem parabenizava quem primeiro aos 13 de Agosto, tantos pasodobles bem dançados, charlas boas…
Não percebo nada da vida, quanto mais da morte, nem tampoco isto é sobre mim. É sobre uma pessoa maior.
Quero acreditar que onde estará, continuará a defender a Tauromaquia como tão bem sabia.
Obrigada por tudo Dr. Domingos Xavier (para mim, será sempre o Tio Domingos), e muita força à querida Maria José e filhos.
(Dra. Ester Tereno)