Quando Dou comigo a pensar que isto de ir aos toiros Pode ser entretimento de negros, brancos e loiros De muita gente diferente, de muitos l...
Quando
Dou comigo a pensar que isto de ir aos toiros
Pode ser entretimento de negros, brancos e loiros
De muita gente diferente, de muitos locais e raças
Um ou outro distraído que não sabe porque terá ido
Daquele que foi convidado, que vai para qualquer lado
Do que se senta ao sol e come uma queijada de Sintra
Do que fuma charuto, na barreira para não ser pelintra
Mas…
Estar no pátio das quadrilhas já não é bem assim
Quando se abre a porta da verdade e toca o clarim
Quando se reparte a sorte e na arena se avança
Em redor para a multidão o nosso olhar relança
Quando a boca está seca e se faz o sinal da cruz
Quando o negro toiro de rompante sai e vê luz
Depois de muito correr e recorrer atrás do cavalo
Ajeitar o barrete, marcar o terreno e citá-lo
A corpo limpo, na verdade da arte da pega
É outra coisa, sem explicação de tanta entrega