Jaime Ostos, en una comparecencia reciente ante los medios de comunicación T enía 90 años. Un ataque al corazón se lo ha llevado. Fue en Col...
Jaime Ostos, en una comparecencia reciente ante los medios de comunicación |
Ha muerto Jaime Ostos. Torero, con mayúsculas. Valentía y entrega al límite en una plaza. Tanto que pudo perder la vida en gravísimas cornadas en su tiempo de figura, que lo fue. El decía siempre : "no sé que es el miedo". Y en los ruedos lo demostró siempre. Fue muy lejos en sus actuaciones, jugándosela en todo momento : "porque el público merece que no haya trampa ni cartón. El Toreo debe ser verdad siempre", dijo.
En Colombia vivió sus últimos días -días de vacaciones, de estar con los amigos-. Falleció de mañana, este sábado, a primera hora, en Bogotá. Nada hacía presagiar la desgracia del fulminante ataque. En la noche del viernes paseaba tranquilamente con su mujer, la doctora Grajal, por el barrio de la Candelaria en la capital colombiana. La última semana de diciembre y la llegada del nuevo año lo pasaría en Cartagena de Indias, junto a varios amigos españoles y colombianos. Estaba de excelente humor y buen semblante."...Por las heridas de guerra nunca se le escapó su inmenso valor. Suyas son muchas de las mejores estocadas de la historia de la tauromaquia.
Técnico y buen muletero, con mucho pundonor, su hombría delante del toro asombraba a los públicos. Tanto se entregó en la arena que sufrió gravísimas cornadas. «Es la manifestación artística más real, la del toro, que te puede matar. Y lo digo yo, que tengo 25 cornadas», dijo en una ocasión. En la memoria de los aficionados permanece aquel gravísimo percance de Tarazona de Aragón en 1963: «Estuve muerto virtualmente tres días».
Vestido de negro y oro, como presagio de la negra tarde, pero las manos del doctor Val-Carreres obraron el milagro. Porque milagrosamente se recuperó y tuvo arrestos para vivir en 1964 un año triunfal, con faenas importantes en Valencia o Sevilla..." (Rosario Pérez)
«Jaime Ostos fue un torero de leyenda, a la antigua. Castigado muchísimo por los toros, volvía a ellos con renovados bríos. Por las heridas de sus cicatrices no se le escapaba el valor. Al contrario: parecía que los percances eran como medallas de guerra que le insuflaban nuevos ánimos».
(Jose Luis Suárez-Guanes)
Se retiró de los ruedos en 1974 si bien reapareció de modo esporádico en varias ocasiones para torear algunos festivales.
João Aranha e Jaime Ostos
Por Manuel Peralta Godinho e Cunha. (In "Partebilhas" 15.11.18Em 9 de Outubro de 2014 e pelas 12:52 horas recebi um mail do cronista taurino João Aranha com o seguinte texto:
Caro Amigo
Socorro-me da sua ciência e meios de investigação para completar um trabalho que estou a escrever sobre a Feira da Piedade e não encontrei o que me falta em nenhum dos seus livros. Tudo se passou há anos, muitos anos (tanto como recordo terá sido em 10/11 de Outubro de 1953) quando coincidi, numa viagem muito engraçada, de Sevilha para Badajoz, num velho autocarro com 1ª e 2ª. classe, com o então novilheiro Jaime Ostos (que você sabe muito bem quem foi e quem é). Era ainda uma esperança e não tinha carrinha viajando nos transportes públicos. Vinha com dois jovens bandarilheiros da sua quadrilha para tourear na Feira da Piedade, ainda na Praça Velha e isso aconteceu. O que não me lembro, e isso é importante para o propósito do artigo que estou a escrever, é a composição do cartel dessa corrida e como decorreu. Mas o meu amigo saberá como lá chegar e tem 24 horas para fazer o favor de me passar essa preciosa informação. Remato com um abraço e uma meia-verónica à Ordoñez e antecipadamente agradecido com estima e respeito.
Minha resposta por e-mail no mesmo dia e às 19:36 horas:
Caro João Aranha
Cartaz de 11 de Outubro de 1953: Toiros de Manuel da Silva Vitorino; Cavaleiros Simão da Veiga Jr e Manuel Conde; Novilheiros Joaquim Marques e Jaime Ostos; Forcados Amadores de Santarém comandados por Ricardo Rhodes Sérgio, que realizaram duas pegas de caras Augusto Cabeça Ramos e Luís Rocha e duas pegas de cernelha por César Cunha Rego/Rui Roque Lopes e João Ramos de Figueiredo/António Alcobia.
Um abraço
No artigo de João Aranha no Jornal do Correio da Manhã de 10 de Outubro de 2014 destaco o seguinte:
“Naturalmente meti conversa com o ‘vizinho’ de ocasião, que me disse chamar-se Jaime Ostos, ser de Ecija, e viajar para Santarém onde vinha tourear. Lá lhe expliquei que a viagem era longa mas a Feira da Piedade tinha empaque, desejando-lhe sorte. E foi então que, chegados a Los Santos, lá pelas 11 da manhã, para uns ‘churros’ e café com leite, ele e os dois da quadrilha, sacaram dos capotes e entraram numa de toureio de salão em plena ‘carretera’ logo partilhado pelo jovem frade, que até se ajeitava no manejo do percal. Os aplausos estalaram e as caras de espanto das senhoras e do padre jesuita ficaram-me na memória para sempre.
Nunca me calhou reencontar o Jaime Ostos, que atingiu os píncaros da glória como matador de toiros, para lhe recordar este episódio.”