Por Jaime M. Amante. Este é um dia que recordo com tristeza e mágoa. Conheci o José Francisco Varela Crujo no ano de 1972, era ele aluno...
Por Jaime M. Amante.
Este
é um dia que recordo com tristeza e mágoa.
Conheci o José Francisco
Varela Crujo no ano de 1972, era ele aluno da Escola de Regentes
Agrícola de Évora e eu "bicho" na Escola de Regentes Agrícola de
Santarém.
A Garraiada anual da ERAS realizou-se na Monumental Patrício
Cecílio e contou com a sua presença juntamente com o também cavaleiro
Brito Limpo, creio também aluno agrícola. Nessa tarde lidaram-se reses
do Marquês de Rio Maior.
Desenvolveu uma digna carreira em arenas de Portugal, Espanha e de França, gozando de enorme popularidade neste país, até ao dia 11 de Agosto de 1983, quando sofreu a colhida fatal em Lisboa. Os toiros pertenciam ao ganadeiro alentejano Pontes Dias e Varela Crujo alternava nessa fatídica noite com José Maldonado Cortes e os matadores Mário Coelho e Pepe Câmara. Pegaram os Amadores da Chamusca .
Nesse dia sai de ajuda de moço de espada ao serviço do Maestro Mário Coelho.
Foram
momentos angustiantes e trágicos. No final da corrida todos os
companheiros deslocaram-se ao Hospital de Santa Maria aguardando
noticias positivas. Lembro-me que chegamos a Vila Franca e já era madrugada.
Permaneceu José Francisco Varela Crujo em estado de coma vígil, vindo a falecer no dia 25 de Dezembro de 1987 no Hospital de Beja.
Foi o terceiro cavaleiro a perder a vida na arena lisboeta, depois de Fernando de Oliveira (12 de Maio de 1904) e Joaquim José Correia "Quim-Zé" (16 de Outubro de 1966).
José Varela Crujo |