Os primeiros 60 Anos dos Amadores de Évora Arena d’Évora - 1 de Julho de 2023

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by MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA
Fotos : BLOGUE PARTEBILHAS
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Os primeiros 60 Anos dos Amadores de Évora
Arena d’Évora -1 de Julho de 2023
Quando fiz as cortesias na Praça de Toiros do Redondo na primeira apresentação do Grupo de Forcados Amadores de Évora, em 11 de Agosto de 1963, não poderia imaginar que em 2023, quando se comemoram os 60 anos da fundação e antiguidade, iria assistir a uma emotiva corrida para a despedida do cabo João Pedro Viegas Nunes de Oliveira e ao jantar com mais de 200 Amigos do Grupo.
A fundação de um grupo de forcados é relativamente fácil e por isso ao logo do historial da tauromaquia portuguesa se pode verificar que foram muitos os grupos de forcados profissionais e amadores que se formaram, mas muito poucos os que conseguiram a sua permanência em anos seguidos nas arenas durante 60 anos e com actuações sequenciais.
Assim, se foram importantes os 15 fundadores do nosso Grupo, foram muito mais importantes os continuadores, nomeadamente os cabos que se seguiram a João António Nunes Patinhas e que possibilitaram que os Amadores de Évora tenham, efectivamente, 60 anos de antiguidade.
Quero expressar o meu agradecimento a todos os que se fardaram ao longo destes 60 anos – 61 épocas – e que possibilitaram de algum modo o nosso Grupo figurar entre os quatro Grupos com maior antiguidade do país, depois dos Amadores de Santarém, dos Amadores de Montemor e dos Amadores de Lisboa.
Mas para o Grupo atingir os 60 anos de actuações regulares, deve-se naturalmente a todos que envergaram a nossa jaqueta mas, principalmente, à determinação dos cabos que se seguiram ao Fundador João António Nunes Patinhas: João Pedro Pessoa Soares de Oliveira; João Pedro Murteira Rosado; Bernardo Salgueiro Patinhas; António Vaz Freire Alfacinha e João Pedro Viegas Nunes de Oliveira.
Contudo, é de elementar justiça destacar o nome de João Pedro Pessoa Soares de Oliveira, segundo cabo durante 12 anos, tendo iniciado essa função do ano de 1989, ano em que o Grupo fez uma única corrida – o Concurso de Ganadarias de Évora – e tudo indicava que não haveria condições para continuar. Tal não aconteceu pela sua força de vontade e perseverança que com total dedicação e muito valor sobe reconduzir o Grupo para os principais lugares da tauromaquia portuguesa. Foi ele o homem certo, no momento certo.
Depois passaram mais 22 anos com momentos bons e menos bons, com alegrias e amarguras, que o Grupo ultrapassou e que está e estará para continuar.
Foi com agrado que ontem assisti à corrida, com a mudança de cabo para José Maria Caeiro e que estive no jantar do Grupo com a satisfação de na minha mesa estarem também alguns dos elementos fundadores: Francisco José Picão Abreu, Luís Rui Cabral, José do Rosário Maltez e João Berthelot Cortes.
Ao meu Amigo João Pedro Viegas Nunes de Oliveira, que ontem se despediu e entregou a jaqueta, quero lhe agradecer a sua dedicação na condução do Grupo desde 2017, bem como o seu desempenho durante o largo percurso como forcado amador.
Ao novo cabo José Maria Caeiro, eu e os fundadores do Grupo, desejamos-lhe as melhores felicidades e votos para continuar com a sua coragem para pegar toiros, mas também que não lhe falte sorte. A tal sorte que os cabos de forcados precisam a juntar à sua valentia, determinação, ética e saber-estar dos amadores que a corpo limpo enfrentam toiros neste país que inventou a pega.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
2 de Julho de 2023
TRIBUNA da TAUROMAQUIA

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