Notas del cuaderno de viaje sobre el desempeño de los Forcados de Arronches en Santa Amalia (Badajoz)


Crónica | Santa Amália | 8.07.2023

Escrevo esta crónica com muito sentimento, por ser a primeira que escrevo e por esta corrida marcar 15 anos da minha estreia no grupo a dar primeiras. Esta terra espanhola sempre teve muita importância para o nosso grupo, já quase desde a sua fundação que o grupo de Arronches é assíduo a pegar nesta data. Muitas tardes de glória e muitos forcados aqui se 'fizeram', hoje não foi exceção.
Cheguei ao balneário e, como vem sendo hábito de há uns tempos para cá, havia perto de quarenta elementos para fardar, na sua grande maioria rapaziada nova, uns já com provas dadas, outros cheios de vontade de o fazer.
Escolha do cabo, fiquei de fora, coisa que não gosto, mas nada me deixa mais orgulhoso que ver aquela rapaziada nova fardar.
Tínhamos pela frente 3 novilhos touros da ganadaria Blanco de Torres, todos muito parelhos tanto de apresentação como de comportamento.
O nosso primeiro novilho, terceiro da corrida, foi lidado pelo rejoneador Sebastián Fernandez, muito entregado na lide e isso iria-se notar na pega. Para cara foi escolhido o André Faustino, forcado jovem mas a crescer dentro do grupo. Na primeira tentativa ,o novilho já muito desgastado, fez de tudo para se fechar em tábuas, mesmo assim o André tentou estar correto mas um momento de reunião menos conseguido desfez a pega. Na segunda, o novilho fez o mesmo, mas o André bateu-lhe o pé debaixo do focinho e agarrou-se com unhas e dentes até entrar no grupo, que esteve coeso.
O nosso segundo, quarto da tarde, foi lidado pelo experiente rejoneador Iván Magro. Para pegar foi escolhido o forcado José Jose Catarino, naquela que seria a sua estreia a pegar. Na primeira tentativa não mandou na investida do seu adversário e não conseguiu reunir. Na segunda tentativa fez tudo como manda a lei e fechou-se que nem uma lapa, o novilho rompeu pelo grupo que ajudou, todo ele, de forma correta, naquela que foi a pega da tarde.
O nosso terceiro, quinto da corrida, foi lidado pelo rejoneador Mário Perez Langa. Para a cara o nosso cabo escolheu o forcado Afonso Real, outro jovem que entrou este ano para o grupo. O seu oponente, também ele muito justo de força, reservou-se em tábuas, o Afonso foi lá buscá-lo e mesmo não reunindo bem, fechou-se de braços cheio de vontade, de realçar a primeira ajuda do Laurindo Cardoso, essencial para o desfecho desta pega e que lhe valeu a volta com o forcado de cara.
Queria ainda destacar a estreia a fardar do forcado Dinis Palma um miúdo de 13 anos, mas com um coração enorme. Parabéns Dinis.
Para finalizar, dar os parabéns ao nosso cabo Manel Cardoso pelo excelente trabalho, nesta fase de renovação, as bases estão firmes e novos horizontes se abrem. Para o grupo de Arronches venha vinho.
A história continua...

Texto: Tiago Cabaceira, forcado no activo desde 2008. 
TRIBUNA da TAUROMAQUIA

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