IMAGEN EN LA FONOTECA MUNICIPAL DE PORTO

TRIBUNA da TAUROMAQUIA

En el aniversário de la muerte del inolvidable cavaleiro José Mestre Batista, 38 años se cumplen ya, Jaime Martínez Amante ha recopilado datos sobre el saudoso torero y los trae a la luz, para que, una vez más, la memória de quien fue un revolucionario del Toreo a caballo, que arrastraba multitudes en Portugal, permanezca inalterada en el Tiempo y sea honrada por generaciones que vengan...

JOSÉ MESTRE BATISTA

38 ANOS DESDE QUE FALECEU O MAIOR ÍDOLO DO TOUREIO A CAVALO EM PORTUGAL.

(30/05/1940 - 17/02/1985)


“Toureiro de corpo inteiro que, praticamente sem ajudas de ninguém, se fez a si próprio tornando-se num ídolo e marcando uma época”

Filho de José Batista Pereira e Maria Júlia Mestre, Tita, como era conhecido e apelidado pelos familiares e amigos, nasceu a 30 de maio de 1940 na localidade de São Marcos do Campo, concelho de Reguengos de Monsaraz.

Desde criança, demonstrou o grande desejo de vir a ser cavaleiro tauromáquico. Após terminar a instrução primária em São Marcos do Campo, frequentou um colégio em Évora donde as fugas eram constantes pois a sua vontade de prosseguir os estudos era nula. Os cavalos eram a sua paixão.

Regressou então a São Marcos do Campo para ajudar na lavoura e aos doze anos teve a primeira montada, o Ideal, cavalo com o ferro de seu pai e com o qual começou a tourear apenas baseado na sua intuição e talento natural, pois nunca frequentou qualquer escola de equitação nem ter na família tradições equestres.

Em 1953, apenas com treze anos, actua pela primeira vêz na praça de touros de Mourão, nas Festas em Honra de Nossa Senhora das Candeias.

Apoiado por Luís Gonzaga Ribeiro,seu grande amigo e o seu primeiro apoderado, natural de Reguengos de Monsaraz, vêm para Lisboa e passa a frequentar a escola de equitação de Mestre Nuno de Oliveira, mas o sonho continuava o mesmo, não queria ser equitador, queria ser toureiro.

Após um percurso de quatro anos como amador, José Mestre Batista recebe a alternativa de cavaleiro tauromáquico profissional a 15 de setembro de 1958 na praça de touros Daniel de Nascimento na Moita, cerimónia que lhe tinha sido recusada três meses antes a 19 de julho na praça de touros do Campo Pequeno em Lisboa (a única alternativa recusada em toda a história do toureio a cavalo). Aprovada, desta vez por unanimidade, o cavaleiro teve como padrinho D. Francisco Mascarenhas. Actua pela primeira vêz como profissional na Chamusca em outubro do mesmo ano saindo triunfador absoluto.

Apesar de muito criticado e apelidado por alguns de louco, devido ao arriscado e frontal toureio que praticava, depressa passou a alternar com cavaleiros de primeira categoria. Aos poucos o público começou a render-se a este novo estilo de tourear, assistindo-se a uma verdadeira revolução no toureio a cavalo.

O panorama do toureio a cavalo altera-se completamente. Tita, arrastava multidões, pisava terrenos até então proibidos que rematava com os famosos “Ferros á Batista”, instituiu um estilo próprio que veio influenciar a maioria dos cavaleiros das gerações posteriores. Histórica a actuação a 10 de junho de 1962 em Santarém, onde após uma magnífica actuação, deu cinco voltas à arena com saída em ombros.

A revolução Batista não se ficou pela forma de lidar e tourear. Apresentou alterações no vestuário, tendo adotado o uso de casacas mais curtas, leves e ligeiramente cintadas, calções brancos e sem meias a tapar os joelhos. No então conservou sempre o uso do tricórnio durante toda a lide.

Alternou em centenas de corridas de touros com Luís Miguel da Veiga que, apesar de sincero amigo, era considerado pelo público, seu rival.Com lotações esgotadas, os dois toureiros formaram o cartel mais anunciado, disputado e discutido durante mais de quinze anos, fazendo aumentar o interesse pelo toureio a cavalo e trazendo milhares de aficionados a Festa dos Toiros.

Ficaram também célebres as corridas com o rejoneador Álvaro Domecq com touros em pontas na praça de touros do Campo Pequeno, as corridas dos três “Zés” com José Lupi, José Núncio e José Mestre Batista e os duos com José João Zoio.

Para além de Portugal Continental, Mestre Batista toureou nos Açores, Luanda, Lourenço Marques, Macau, Espanha e França. Apesar do sucesso que o acompanhou, nunca impôs nomes de ganadarias de touros, nunca exigiu ou recusou alternar com qualquer cavaleiro, toureou em dezenas de festivais e corridas de beneficência e demonstrou sempre extrema sensibilidade aos problemas dos mais necessitados.

Durante a sua carreira recebeu e guardou mais de 5.000 cartas de fãs, e tal era a sua popularidade que as mesmas eram apenas endereçadas a José Mestre Batista - Portugal.

A sua popularidade era tanta que em 1966, gravou um disco com o tema “Cortesias” com letra e música de Frederico de Brito, acompanhado pela Orquestra de Manuel Viegas. No dia da apresentação e lançamento do pequeno 45 Rpm, a baixa Lisboeta paralisou, tal eram os milhares de populares que compareceram para verem o seu ídolo.

Dos momentos menos bons destacam-se as colhidas graves nas praças de touros de Santarém, Espinho, Almeirim e Vila Viçosa e o facto de a 26 de novembro de 1967, devido às inundações ter perdido alguns dos seus melhores cavalos, entre eles o Tirol e o Talismã.

Como a maioria dos toureiros, era um homem de fé com especial devoção a Nossa Senhora D’Aires. Na sua igreja em Viana do Alentejo, cuja abóbada e altar mandou restaurar, frequentemente mandava depositar as flores recebidas nas corridas e várias vezes mandou caiar na totalidade o majestoso templo.

Casou em casa do seu apoderado Inácio Saraiva em Lisboa, a 9 de outubro de 1973, pelo civil, com Emeletina Maria de Lima Duarte Boiça e toureou à noite a corrida da feira de Vila Franca de Xira, sem que ninguém soubesse, inclusive os seus bandarilheiros, que era um homem casado. A 31 de dezembro do mesmo ano celebrou o casamento religioso na Basílica de Santo António em Pádua, na Itália. No dia 22 de julho de 1975 nasce o seu único filho João Miguel Duarte Boiça Mestre Batista sendo baptizado na sua querida igreja de Nossa Senhora D’Aires.

José Mestre Batista faleceu de um ataque de asma, seguido de paragem cardíaca a 17 de fevereiro de 1985 em Zafra, (Espanha) na companhia de sua mulher e filho e as suas últimas palavras foram “Valha-me Nossa Senhora D’Aires”. Repousa no cemitério de Vila Franca de Xira em mausoléu.

Foi condecorado a título póstumo, a 24 de Agosto de 1985, pelo Sr. Presidente da República General Ramalho Eanes, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

No decorrer destes 38 anos foram muitas as homenagens e exposições organizadas para relembrar o seu nome.

Em São Marcos do Campo, em julho de 2009 a junta de freguesia do Campo inaugurou uma estátua equestre em sua memória, na rotunda da entrada da aldeia.

Em junho de 2011 a Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz atribuiu á praça de touros de Reguengos de Monsaraz o seu nome.

Atualmente existe um museu dedicado a José Mestre Batista em Reguengos de Monsaraz.
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CASI CUATRO DÉCADAS DESPUÉS, PARA QUIENES NO LO VIERON TOREAR, ESTO RESUME LA WIKIPEDIA : "... Apesar de muito criticado e apelidado por alguns de louco, devido ao arriscado e frontal toureio que praticava, depressa passou a alternar com cavaleiros de primeira categoria. Aos poucos o público começou a render-se ao seu novo modo de tourear assistindo-se a uma verdadeira revolução no toureio a cavalo.

Arrastando multidões, pisando terrenos até então proibidos que culminavam com os famosos “Ferros á Batista”, instituiu um estilo próprio que veio influenciar a maioria dos cavaleiros das gerações posteriores. A 10 de junho de 1962 em Santarém, realizou uma magnífica actuação onde Mestre Batista deu cinco voltas à arena com saída em ombros..."


ESTÁTUA QUE INMORTALIZA A MESTRE BATISTA, EN S. MARCOS DO CAMPO