"Cernelhas", outro poema taurino da autoria de Manuel Peralta Godinho e Cunha
CERNELHAS
Em Santarém destacaram-se nas pegas de cernelha
Rhodes Sérgio e Jorge Duque, uma enorme parelha
Forcados Amadores que pisaram muitas arenas
De todas as praças de toiros, grandes e pequenas
O António José Teixeira e o António Alcobia
Na velhinha praça de toiros que então havia
O Francisco Romão de Moura e o Luís Rio Maior
Bela dupla que se destacava, qual deles o melhor
O Zeca Pereira e o Garcia, rápidos a entrar
Forcados destemidos e pegas de encantar.
Depois, de maravilha o Joaquim Pedro, o “Pêu”
Saltou para o toiro à unha - Aqui estou eu!
O povo em pé, em delírio com tamanha raça
Ninguém tal tinha visto em nenhuma praça
Bonés e chapéus no ar, publico alterado a gritar
Sozinho aguentou derrotes até o toiro parar.
Outros forcados se seguiram, difícil de mencionar
Como o Luís Manuel Gameiro, forcado determinado
Nas enormes cernelhas com o António Cachado
Ei-la a verdade provada nas praças de Santarém
Onde ainda se pegam toiros de cernelha também
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Agosto de 2022