Manuel Peralta Godinho e Cunha

Quem se lembra desta revista tauromáquica?

A revista "El Ruedo" foi referência muito importante na imprensa taurina espanhola, tendo começado como suplemento do diário desportivo "A Marca" em 2 de Maio de 1944, tendo depois, em Julho desse mesmo ano, passado a ser uma revista semanal.

Teve como directores: Manuel Casanovas, até 1961; Alberto Polo, de 1961 a 1967; José Mª. Bujella del Toro, de 1967 a 1970; Carlos Briones, de 1970 a 1975 e finalmente Fernando Vizcaíno Casas, até Fevereiro de 1977.

A revista teve diversos colaboradores célebres, tais como Juan León que se assinava por Julio Fuentes, Antonio Valencia e principalmente Antonio Díaz-Cañabate y Gómez-Trevijano, com a sua coluna "El Planeta de los toros", tão apreciada pelos aficionados que na sua leitura entendiam tudo o que se passava dentro e fora da praça de toiros.
Só no "El Ruedo," Cañabate escreveu mais de quatrocentos artigos durante os dez anos que colaborou naquela revista e era exactamente a sua página que a maioria dos leitores procurava para ler em primeiro lugar.

"El Ruedo" terminou em 1977 e, dizia-se, por influência do matador de toiros Sebastián Palomo Martínez - Palomo Linares - que entendia que o semanário não lhe terá feito as crónicas e as referências ao seu agrado. Naturalmente que pode não ser verdade, mas a vida profissional de "Palomo Linares" esteve muitas vezes envolvida em polémica, retirou-se do toureio e regressou várias vezes, mas foi um dos poucos matadores que foi premiado com o corte do rabo de um toiro em Las Ventas (Madrid), não obstante a indignação dos puristas e da crítica mais séria.
Consta, e da fama não se livra, que "Palomo Linares", terá comprado o semanário "El Ruedo" para o fechar.

Muito mais tarde, no começo dos anos 90, reapareceu a revista "El Ruedo", tendo como director Manuel Molés, que não conseguiu competir com a concorrência.



Revista taurina fundada en Madrid. El primer número salió en los quioscos el 2 de mayo de 1944 como suplemento del diario deportivo «Marca» («Suplemento taurino de Marca»), pero en vistas del éxito extraordinario que tuvo enseguida se convirtió en una publicación independiente a partir del 21 de noviembre de 1946. Aunque su ideología acerca de la tauromaquia fue cambiando a medida que se sucedían en el cargo los distintos directores, siempre partió de los supuestos de defensa de la integridad del espectáculo, encaminado a salvaguardarlo y a perpetuarlo.