Quantos são?

Por MANUEL PERALTA GODINHO e CUNHA

A revista Novo Burladero deste mês de Fevereiro tem, entre outros artigos de enorme importância, uma excelente reflexão de Carlos Martins com o título “O meu bebé chama-se Max” que se recomenda a leitura e, com a devida vénia, realçamos os seguintes detalhes :

• “Viajei até Medellín (Colombia), cidade onde há poucos anos se proibiu as corridas de toiros e se destruíram os curros da belíssima “La Macarena”. Posso-vos dizer que está empestada de cães a caminhar lado a lado com os seus presunçosos donos, na rua e também em recintos fechados, como lojas e centros comerciais.”

• “Há umas semanas atrás, em conversa com uma pessoa que acabara de conhecer, soube que lá em casa vivia a senhora, o marido e um bebé que se chama Max, um pastor alemão que é uma ternura. Pergunto eu, é de mim ou está tudo doido?”

• “É melhor não perguntar nada, pois vivemos numa sociedade onde somos “obrigados” a aceitar as diferenças sob pena do nos considerarem bárbaros, energúmenos, sanguinários, insensíveis, homofóbicos, xenófobos, racistas, fascistas e outras coisas que tais.”

• "Obviamente, não tenho absolutamente nada contra cães, gatos ou outros animais de companhia. Nem nada contra as pessoas que, por um motivo ou por outro, tenham uma relação mais “familiar” com eles. O que me custa a aceitar é a intolerância para quem, como nós, defende a tauromaquia e o mundo rural.”

• "Como podem meia-dúzia de anti-taurinos fazer mais barulho na sociedade e ter maior influência política que nós, aficionados? Pode-se dizer que são sustentados por organizações internacionais e apoiados pelo fortíssimo negócio que está por detrás dos animais de estimação. Mas enquanto nos detemos nas “desculpas” e não avançamos de forma concreta para as soluções, os anti-taurinos vão ganhando terreno.”

• "O milagre teremos nós, aficionados, de o fazer. Temos de dar um “murro na mesa”, de ter coragem de ir para a rua, de responder “na mesma moeda”, mas com muito mais elevação aos ataques que nos são desferidos sem dó nem piedade, de nos mobilizarmos sempre que se justifique.”

O autor termina o artigo sugerindo a união entre os diversos intervenientes da Festa, recomendando um maior entusiasmo que faça esgotar as praças, com preços acessíveis e cartéis inovadores, sem a conhecida “troca de cromos” entre empresários /apoderados, que tem provocado a repetição dos mesmos toureiros, sendo também necessária inclusão de toiros que transmitam emoção.

Concordamos, a nossa Festa precisa de criatividade empresarial, de algo que motive mais os aficionados a encher as praças.
Porque os espectadores das corridas de toiros são uns milhões e os animalistas anti-taurinos quantos são?
O mundo rural, o produtivo mundo rural, tem que ser defendido.

Manuel Peralta Godinho e Cunha