Os derrotados

Por Manuel Peralta Godinho e Cunha

A Câmara Municipal de Lisboa teve uma mudança na noite de 26 Setembro de 2021 após o conhecimento dos resultados das eleições autárquicas.

Gerir uma Câmara Municipal de uma grande cidade como a de Lisboa não é fácil, com um exorbitante conjunto de necessidades diárias a resolver e portanto qualquer candidato a presidente deverá ser competente, bom gestor, ter as ideias bem arrumadas, saber escalonar as prioridades e, antes das eleições, mostrar um programa para dar a entender e dizer ao que vem.

Nas prioridade da coligação “Mais Lisboa 2021” protagonizadas por Fernando Medida, do Partido Socialista, e por Rui Tavares, do Partido Livre, constava “tornar Lisboa uma cidade livre da tauromaquia”.
Mas esta “esquerda volver” não estava sozinha neste despropósito e as senhoras que mandam no Bloco de Esquerda também se colocaram em bicos dos pés e de mão no ar afirmando que “Lisboa não pode aceitar touradas no Campo Pequeno”, acenado ao senhor Medina para contar com elas para essas votações animalistas.
Claro que a outra senhora, mais forte, do Partido dos Animais, que nunca viu uma corrida de toiros – mas que não gosta, nem quer que os outros gostem – estava também pronta a ajudar o senhor Medina e logo de manhã, ao votar, disse para quem a quis ouvir:”Achamos que hoje vai ser um dia histórico para o PAN em Lisboa!”.

Uma grande parte do povo de Lisboa (49%) não votou e os que votaram não concederam ao senhor Medina os votos suficientes para não ter que mudar de vida; as senhoras do Bloco de esquerda terão que se entender para ocupar só um lugar de vereadora; a senhora do PAN deixa de ter lugar na vereação.

Portanto chega-se à conclusão que toda esta gente que tem prejudicado a tauromaquia terá que rever a matéria, fazer um acto de contrição e o melhor que faria era deixar a política e dedicar-se ao trabalho.

Contudo, apesar de derrotado na coligação com o Partido Socialista, ficou a ganhar o senhor do Livre, premiado com interessante lugar de vereador municipal, onde pode colocar uns amigos como assessores e continuar a dizer que não vai às touradas.

José Eloy
"Apoiado Peralta, além da tua exposição que concordo, acrescenta ainda mais as ciclovias das bicicletas, as multas da Emel e da Polícia Municipal, tens que dar duas voltas a Lisboa para estacionar o carro e não seres multado, o alojamento local explorado por empresas abutres, que exploram as pessoas (clientes, empregados) até ao tutano, não havendo casas para alugar em Lisboa, estas as razões principais da queda do Medina. Se estes não mudarem também caiem. Sei do que falo por experiência própria, vivo em Lisboa desde 1969, há 52 anos, estes economicistas da pacotilha, não entendem os problemas reais da população".

 


Eugénio Eiroa.

" Querido Peralta Godinho e Cunha : con la misma desvergüenza con que esta señora -que en tu apunte refieres- proclama lo del "día histórico"... una vez sucedida la vergüenza electoral que les sucedió, ni por un asomo pronunció la palabra dimitir, ni la pronunciará. La mamandurria política manda. Y la desvengüenza política anida en personajes como el que citas. Por sus hechos les conoceréis..."