Otro excelente artículo de la magnífica colaboradora de la TRIBUNA da TAUROMAQUIA IBÉRICA, Ester Tereno. No habla de Toros, sino de aspectos importantes de la realidad política portuguesa. Lo consideramos, también, de especial interés para nuestros lectores. No es para menos, teniendo en cuenta lo que apunta.

Nos honra dar destaque aquí a lo que inicialmente, horas atrás, fue un apontamento de Ester Tereno en su red social de Facebook, pero que ha sido muy celebrado, por oportuno y certero, por numerosos lectores, uno de los cuales nos pedía su reproducción en el apartado de Opinión, en la TRIBUNA da TAUROMAQUIA IBÉRICA, cosa que con mucho agrado hacemos.

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Minhas queridas, amadas e inquietas autárquicas.

Por Ester Tereno.

Minhas queridas, amadas e inquietas autárquicas. Faz pouco mais de uma semana, estava por tua conta, esse grande observatório da nossa sociedade.
Lembro os que tanto tinham para dar e não foram eleitos, os que finalmente saíram, os tantos grandes que não conseguiram nada. Os que passam a vida toda a querer muito e nunca lá chegam, os que quase sem querer ficam.
As surpresas, as boas e as más, as alegrias e injustiças! O nervosinho miudinho pelos amigos, sejam eles de que partido forem, andar a percorrer resultados de Concelho em Concelho. O barómetro mais fiável para testar família e amizades, assim diz a Senhora minha mãe, as pessoas “revelam-se”.
Os que (se) vendem ou compram, os que não ganham nada mas que incrivelmente acham sempre que são vencedores, os dignos, os mesquinhos, os que sabem estar, os que não sabem, os que querem só poleiro, os eleitos. Os que ameaçam, os que são apenas eleitos mas já acham que mandam mais do que na realidade mandam, os que lhes sobe tudo à cabeça, e principalmente, os que são sempre iguais, antes durante e depois. Os que não se querem meter, os que dão para os dois lados. Ah, e os meus favoritos, sempre, mil vezes, os puros que dão a cara em troco de coisa nenhuma.
Ainda acho espetacular como há tanta gente que passa a vida com a palavra liberdade na boca, mas que depois é incapaz de aceitar o resultado de eleições democráticas. Insistem em menosprezar intelectualmente e criticar as pessoas que têm um sentido de voto diferente do seu, fazem questão de fazer futurologia macabra para 4 anos no mínimo e por isso condenam o povo por ter votado assim, ah seus malandros, votaram agora aguentem as consequências!
Parece confuso, mas não é… parece que é apenas uma amostra do nosso país, e onde se sentem mais estas dores, são na província claro, nas grandes cidades nem se conhecem candidatos quanto mais! Se bem que nestas últimas, até nas cidades tivemos grandes surpresas!
O nosso país, em democracia, onde metade não vota, porque tem mais que fazer ou por achar que não vale a pena.
A sorte é que um motorista pode comprar uma casa de 1,5 milhões, que não se demitiram 87 médicos em bloco, e que o nosso PM tem uma educação exemplar.